O jornalista são-tomense Josimar Afonso acusa alegados seguranças do primeiro-ministro e do ministro do Turismo e Cultura de confiscarem os seus equioamentos e colocarem em causa a liberdade de imprensa eno país.
O secretário de Estado da Comunicação Social diz estar a corrente da situação, mas precisa de mais elementos antes de reagir.
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Josimar Afonso, em serviço da rádio privada “Somos Todos Primos” contou à VOA como tudo aconteceu depois de ter recuperado o equipamento e a gravação.
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“Fomos fazer a cobertura da gala do mês da cultura em São Tomé e Príncipe que decorreu no fim de semana no Arquivo Histórico e um grupo de seguranças, supomos, do próprio gabinete do primeiro-ministro e do ministro do Turismo e Cultura barrou-nos e apoderou-se do nosso material de trabalho”, disse Afonso, que, segundo afirma, na altura filmava um grupo de actores de teatro descontentes com o que se passava na gala.
“Estávamos a filmar no momento em que o ministro do Turismo e Cultura tentava acalmar os actores que se revoltaram pelo facto de terem sido mal acolhidos no evento e os seguranças disseram-nos que era proibido filmar o ministro”, acrescentou o jornalista que continuou a fazer o seu trabalho até que de repente viu a sua câmara de filmar confiscada pelos seguranças.
No vídeo da gravação que cedeu à VOA depois de ter recuperado o seu material do trabalho os seguranças diziam: “Quem mandou filmar? Apaga a imagem. Dá-me a câmara, você não pode filmar o ministro”.
Apenas da denúncia do jornalista, não houve até agora qualquer reacção do gabinete do primeiro-ministro ou do ministro do Turismo e Cultura.
A VOA falou, entretanto, com o secretário de Estado da Comunicação Social, Adelino Lucas, quem afirmou não ter ainda elementos suficientes para reagir.