O Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, falaram por telefone na noite de quarta-feira, 11, na que foi a primeira conversa entre os dois líderes desde a vitória de Biden.
Em comunicado, a Casa Branca revelou nesta quinta-feira, 11, que Biden "afirmou as suas prioridades de proteger a segurança, prosperidade, saúde e modo de vida do povo americano, e preservar um Indo-Pacífico livre e aberto".
Os dois líderes também discutiram a pandemia do coronavírus, as mudanças climáticas e a possibilidade de Washington e Pequim assumirem “compromissos práticos e orientados para resultados” no controlo de armas.
“O Presidente Biden ressaltou as suas preocupações fundamentais sobre as práticas económicas coercitivas e injustas de Pequim, repressão em Hong Kong, abusos dos direitos humanos em Xinjiang e acções cada vez mais assertivas na região, inclusive em relação a Taiwan”, ainda segundo a nota.
A conversa aconteceu poucas horas depois da primeira visita de Joe Biden ao Ministério da Defesa, o Pentágono, como comandante-em-chefe, onde ele indicou que o seu Governo está preparado para conter a ascensão da China, tendo anunciado a formação de uma equipa de trabalhar para reexaminar a estratégia e posição da força dos EUA, nos sectores da tecnologia e inteligência, em relação a Pequim.
“A equipa trabalhará rapidamente, contando com especialistas civis e militares de todo o departamento para fornecer, nos próximos meses, recomendações ao secretário Austin sobre as principais prioridades e pontos de decisão para que possamos traçar um forte caminho a seguir em relação à China ", afirmou Biden aos jornalistas.
O Presidente reconheceu que essa iniciativa "exigirá um esforço de todo o Governo, cooperação bipartidária no Congresso e fortes alianças e parcerias”, porque só dessa forma é possível "enfrentar o desafio da China e garantir que o povo americano vença.”
Em Pequim, a televisão estatal chinesa noticiou que o Presidente Xi disse a Biden que a cooperação bilateral é a única opção para resolver e administrar suas diferenças e pediu a retomada de vários mecanismos de diálogo para evitar qualquer tipo de mal-entendido.
Xi, segundo a mesma fonte, comunicou a Biden esperar que os EUA ajam "com cautela" em relação a questões como Taiwan, Hong Kong e Xinjiang, que são relacionadas aos assuntos internos da China e sua "soberania e integridade territorial".