Joe Biden anuncia envio de 31 tanques Abrams à Ucrânia

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Presidente dos EUA, Joe Biden, anuncia ajuda à Ucrânia, Washington, 25 Janeiro 2023

O anúncio da ajuda americana segue-se a outro similar do Governo alemão

O Presidente dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 25, o envio de 31 tanques Abrams para a Ucrânia para conter uma nova ofensiva russa esperada nos próximos meses.

Joe Biden fez o anúncio horas depois do Governo alemão informar do envio de 14 tanques Leopard 2 para Kyiv.

A decisão do Presidente reverte o posicionamento anterior de não enviar no futuro imediato esse tipo de armamento aos ucranianos, mas Biden disse l, na Casa Branca, que o batalhão de tanques, que ele denominou o mais capaz do mundo, terá peças e equipamentos necessários para efectivamente sustentar os veículos de combate blindados no campo de batalha.

“Esses tanques são mais uma prova do nosso compromisso duradouro e incansável com a Ucrânia e nossa confiança na habilidade das forças ucranianas”, disse o Presidente.

Em Berlim, um porta-voz do chanceler alemão, Olaf Scholz, emitiu um comunicado nesta quarta-feira, 25, dizendo que o seu Governo enviará 14 dos seus tanques Leopard 2 a Kyiv, o primeiro passo para estabelecer dois poderosos batalhões com os poderosos tanques na Ucrânia.

O comunicado acrescenta que os tanques seguirão em breve e que as tropas ucranianas começarão a receber treino na Alemanha, que também fornecerá logística e munição.

Um funcionário, que falou sob condição de anonimato devido à natureza sensível dos planos, disse que os tanques provavelmente seriam fornecidos pela Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI) do Pentágono.

O fundo permite que o Departamento de Defesa compre armas e sistemas de fabricantes de defesa ou de outras fontes, em vez de obtê-los diretamente dos armazéns dos EUA.

Por seu lado, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que prometeu 14 dos tanques Challenger 2 à Ucrânia, saudou a notícia dos EUA e da Alemanha num post na sua conta oficial do Twitter, em que diz ser “a decisão certa dos aliados e amigos da NATO” que “fortalecerá o poder de fogo defensivo da Ucrânia”.

Um assessor do Presidente da Ucrânia disse à VOA que Kyiv eventualmente precisará de 250 a 400 tanques e que o próximo pedido ao Ocidente será de mísseis de longo alcance.