O Presidente dos Estados Unidos defendeu de forma vigorosa nesta terça-feira, 21, à noite em Varsóvia, Polónia, o apoio que a Organização do Tratado da Aliança Atlântica (NATO) tem dado à Ucrânia para defender-se da invasão da Rússia e prometeu que a ajuda não irá parar.
“Há um ano, o mundo se preparava para a queda de Kyiv”, afirmou Joe Biden ante mais de 10 mil polacos reunidos ao ar livre no complexo do Castelo Real da Polónia.
Veja Também “Um ano depois, Kyiv está de pé, a Ucrânia está de pé", disse Joe Biden em visita a Kyiv“Bem, acabei de vir de uma visita a Kyiv e posso relatar que Kyiv está forte. Fica alto. E o mais importante, fica livre”, acrescentou
Biden quem prometeu que o apoio à Ucrânia não vacilará e a NATO não será dividida.
O Presidente americano afirmou que “a Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia. Nunca”, acrescentando que a Aliança está “mais decidida do que nunca” em fornecer munições e ajuda humanitária à Ucrânia.
Joe Biden voltou a criticar o Presidente russo, Vladimir Putin, pela invasão de 24 de Fevereiro de 2022 e disse que o ele pode facilmente acabar com a guerra.
“O Ocidente não planeia atacar a Rússia como Putin disse hoje”, declarou Biden, reiterando que as democracias do mundo ficaram mais fortes” ao resistirem à agressão russa, enquanto “as autocracias do mundo ficaram mais fracas”.
No seu discurso, o Presidente, muito aplaudido pela multidão, reiterou a acusação feita no sábado, 18, pela vice-presidente Kamala Harris, na Conferência de Segurança de Munique, de que os EUA determinaram que Moscovo cometeu “crimes contra a humanidade” e “atrocidades” contra o Governo e pessoas na Ucrânia”.
“Eles cometeram depravações, crimes contra a humanidade sem vergonha ou remorso”, acusou Joe Biden.
Ele acusou ainda a Rússia de “atacar civis com a morte”, usar o estupro como “uma arma de guerra”, roubar crianças ucranianas ao retirá-las à força da sua terra natal e lançar ataques aéreos contra estações de trem, maternidades, hospitais, escolas e orfanatos.
“Ninguém, ninguém pode desviar os olhos das atrocidades que a Rússia comete contra o povo ucraniano. É abominável”, criticou Biden.
A Rússia, entretanto, nega ter alvejado civis.
Aliança com Polónia
Joe Biden iniciou a sua segunda viagem à Polónia no prazo de um ano, hoje, com um encontro com o Presidente Andrzej Duda, no qual lhe agradeceu o apoio à Ucrânia, chamando os laços EUA-Polónia de “relação fundamental”.
Ele destacou o compromisso de Washington com o princípio da defesa colectiva no Artigo 5 da carta da NATO e garantiu a Duda que a aliança responderá se a Rússia expandir a sua guerra para além da Ucrânia e lançar um ataque à Polónia.
“Reafirmamos o nosso firme compromisso com a segurança colectiva da NATO, inclusive garantindo que o quartel-general de comando das nossas forças na Europa será na Polónia, ponto final”, disse ainda Joe
Biden, destacando que os dois países lançam “uma nova parceria estratégica” com planos de construir fábricas nucleares e reforçar a segurança energética da Polónia.
Varsóvia tem sido uma aliada inabalável da Ucrânia ao fornecer bilhões de dólares em armas e assistência humanitária ao Governo ucraniano, além de acolher muitos refugiados ucranianos.