O ministro da Defesa de Angola, João Lourenço, recusou as acusações de violação dos direitos humanos no país e disse que os angolanos sentiram essas violações durante 500 anos de colonialismo português.
“Nós, que ao longo de séculos, viemos lutando contra a violação dos direitos humanos, vocês aceitam que hoje nos queiram acusar de estarmos a violar os direitos humanos? Não, porque temos plena consciência que os que nos acusam não têm moral para nos vir dar aulas sobre esta matéria, que muito bem conhecemos”, disse Lourenço ao discursar em Ondjiva, capital da província do Cunene, nas comemorações do dia do Herói Nacional, assinalado nesta quinta-feira, 17.
“Nós, que ao longo de séculos, viemos lutando contra a violação dos direitos humanos, vocês aceitam que hoje nos queiram acusar de estarmos a violar os direitos humanos? Não, porque temos plena consciência que os que nos acusam não têm moral para nos vir dar aulas sobre esta matéria, que muito bem conhecemos”, começou por apontar João Lourenço.
Numa clara reacção à recente resolução do Parlamento Europeu que destacou o aumento de violações dos direitos humanos e da corrupção em Angola, aquele governante considerou que o colonialismo é que foi uma violação dos direitos humanos.
“Violação dos direitos humanos foi a escravatura que durou não escassos dias, nem meses, nem anos, mas sim séculos eternos. Isso sim é que foi a verdadeira violação dos nossos direitos", enfatizou João Lourenço.
O ministro da Defesa abordou também a crise dos refugiados e acusou alguns países da União Europeia, “não são todos”, de estarem a “ tratar ainda hoje os refugiados emigrantes de países do Médio Oriente e de África, que eles mesmo desestabilizaram, (…) esquecendo-se que também foram emigrantes um dia”.
João Lourenço concluiu dizendo que basta ver as imagens de como os refugiados são recebidos na Europa para se saber quem viola os direitos humanos.