As autoridades moçambicanas confirmam ter convidado formalmente o antigo subsecretário de Estado norte-americano para os Assuntos Africanos, Chester Crocker, a Fundação Faith, do antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o antigo Presidente tanzaniano, Jakaya Kikwete, a integrarem o grupo de mediadores da paz em Moçambique.
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Uma fonte governamental disse à VOA que, o antigo estadista tanzaniano e o ex-primeiro-ministro britânico responderam positivamente ao convite, aguardando-se a resposta do antigo subsecretário de Estado norte-americano.
"São entidades que, mesmo não estando no poder, têm uma boa reputação nos seus países", disse a mesma fonte, que explicou que tendo a Renamo exigido o envolvimento da União Europeia, da Igreja Católica e da África do Sul no diálogo da paz em Moçambique, o Governo também tinha o direito de escolher entidades para este processo.
De acordo com a mesma fonte, "os americanos têm interesses em Moçambique, como é o caso concreto da Anadarko, na bacia do Rovuma, no norte do país e os britânicos também, sublinhando que o Governo acredita que “vão ser imparciais neste processo".
Entretanto, a pergunta que se faz é porque o Governo moçambicano, que no passado se opôs à entrada de Chester Crocker, por exemplo, no processo de paz para Moçambique, numa altura em que a guerra da Renamo era bastante intensa, está agora interessado no seu envolvimento.
O académico Calton Cadeado, docente do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique, diz que este é um assunto ainda deve ser estudado.