A Igreja Universal do Reino de Deus, IURD, vive uma crise no Brasil desde que a sucursal de Angola vem enfrentando denúncias e expulsões de membros brasileiros.
A Voz da América apurou junto a fontes de dentro da instituição brasileira que mais de três mil pastores foram demitidos de suas funções nos últimos meses devido à crise financeira dentro da igreja.
Tudo isso porque a liderança da IURD viu os recursos diminuirem desde que os pastores angolanos tomaram o controle dos templos no país. A Universal em Angola gerava mais de 400 milhões de reais anuais para os cofres do líder Edir Macedo - uma das maiores arrecadações da Igreja fora do Brasil, o equivalente a mais de 74 milhões de dólares por ano.
Sem esses recursos, a operação brasileira sofre o impacto. Para além disso, a Igreja também viu redução nos dízimos dos seguidores, já que muitos fiéis perderam o emprego durante a pandemia.
Esta semana, a Voz da América revelou que a Procuradoria-Geral da República de Angola acusou vários membros da igreja de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa.
O inquérito aponta que o bispo Honorilton Gonçalves, ex-representante máximo da Universal em Angola, e outros três representantes da cúpula da Igreja e da TV Record são apontados como os principais operadores do suposto esquema. Nenhum deles está em Angola pelo que será difícil julgá-los.
Informações da Procuradoria-Geral de Angola mostram que grande parte do que era arrecadado com doações e dízimos não ia para a conta bancária da Universal em Angola.
O dinheiro dos fiéis era convertido em dólares no mercado paralelo e enviado para o Brasil ou transportado em carros de luxo para a África do Sul.
Procurada pela Voz da América, a Universal ainda não comentou.
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