Os embaixadores dos países membros do Conselho de Segurança da ONU mantêm negociações difíceis neste domingo, 15, em torno de uma possível resolução sobre a guerra entre Israel e o Hamas, com dois projetos na mesa de negociações.
A informação foi avançada por diplomatas à agência AFP.
Na sexta-feira, o Governo da Rússia divulgou um projeto que apela a “um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e totalmente respeitado”e a uma ajuda humanitária “desobstruída” à Faixa de Gaza.
O rascunho russo, visto pela AFP, “condena veementemente toda a violência e hostilidades dirigidas contra civis e todos os atos de terrorismo”, mas não menciona o Hamas.
Por seu lado, os Estados Unidos insistem que o Conselho condene os ataques do Hamas como um ato de terrorismo, bem como um esboço de um projeto apresentado pelo Brasil, que preside o órgão neste mês.
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O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, disse que alguns membros do conselho expressaram uma visão “positiva” do projeto de Moscovo numa reunião a portas fechadas na sexta-feira e espera que a presidência do órgão o submeta a votação na segunda-feira, 16.
Para ser adotada, uma resolução precisa de pelo menos nove votos dos 15 membros e não pode ser vetada por nenhum dos cinco membros permanentes, Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França e Rússia.
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Diplomatas reconheceram que as negociações são muito difíceis, já que o conflito israelo-palestiniano divide regularmente o conselho.
Mais de 1.400 pessoas foram mortas em Israel desde o ataque desencadeado na semana passada por homens do Hamas, informou hoje o Gabinete do primeiro-ministro israelita.
Veja Também Guterres:“É hora de acabar com este círculo vicioso de derramamento de sangue, ódio e polarização”Em Gaza, segundo o Ministério da Saúde da península, o número de mortos aos ataques retaliatórios israelitas aumentou para 2.450.
Por outro lado, o Governo dos Estados Unidos acusaram hoje o Hamas de travar o acordo que permitiria a abertura da fronteira no sul da Faixa de Gaza e o Egito para a saída de cidadãos estrangeiros.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos revelou que tanto o Governo egípcio quanto o israelita, que negoceiam com mediação dos Estados Unidos a abertura da fronteira, concordaram em criar o corredor para a saída de estrangeiros, mas o grupo radical que governa a Faixa de Gaza, travou a abertura.
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"Os egípcios concordaram em permitir que os americanos cruzassem a fronteira por Rafah (a cidade fronteiriça). Os israelitas garantiram que tentariam, no que cabe a eles, manter a área segura. Ontem (14) tentamos retirar um grupo, mas o Hamas impediu que tal acontecesse", afirmou Jake Sullivan, à cadeia televisiva americana CBS.
Milhares de palestinianos e centenas de estrangeiros estão desde a manhã de ontem em Rafah à espera de deixar Gaza.
O acordo em discussão, por imposição do Hamas e do Egito, não prevê a saída de palestinianos.