O Governo angolano apresentou nesta segunda-feira o Plano Director Geral Metropolitano de Luanda (PDGML), que deverá consumir dos cofres do Estado cerca de 15 mil milhões dólares até 2030.
O mentores do projecto pretendem que a capital do país tenha no futuro melhores condições de vida, numa perspectiva que visa acabar com os musseques, os bairros suburbanos onde vivem mais de 3 milhões de cidadãos.
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A obra está a cargo da empresa Urbinvest, da empresária Isabel dos Santos, filha do Presidente da República, e deverá construir de mais 500 mil habitações.
A iniciativa público-privada vai acabar com a ocupação ilegal de espaços e permitir aos cidadãos o acesso à habitação, saneamento básico, infraestruturas urbanas, serviços públicos e lazer, de acordo com o ministro de Estado e da Casa Civil da Presidência da República, Edeltrudes Costa.
O projecto, a ser implementado em 15 anos, prevê um orçamento de mil milhões de dólares por ano.
Em entrevista ao jornal O País, Isabel dos Santos esclareceu que a ideia é elevar a cidade a um estatuto internacional, associando-a a vários serviços modernos para a população.
A empresária descreveu três pilares fundamentais para que este desiderato seja atingido, no quadro do referido projecto, que consistem em desenvolver um modelo onde a distância entre o emprego e a casa seja curta, a água e a luz estejam disponíveis, assim como o saneamento básico, zonas verdes e postos médicos, além de prever vários serviços sociais.
O responsável da SOS Habitat, Rafael Morais, cuja organização trabalha a favor de habitações condignas, disse à VOA que o projecto é bem-vindo desde que respeite os direitos dos cidadãos de serem incluídos no projecto de modernização e expansão da cidade de Luanda.
Os responsáveis da empreitada querem que a capital angolana seja comparada no futuro às cidades de Paris, Joanesburgo ou Rio de Janeiro