A engenheira Isabel dos Santos não “salvou “ a Sonangol cuja situação é agora melhor do que quando a antiga dirigente da petrolífera abandonou a posição, disse o actual Presidente do Conselho de Administração, Carlos Saturnino.
Falando numa conferência de imprensa em Luanda Saturnino disse não ter recebido ate agora qualquer notificação de uma eventual queixa da Engenheira Isabel dos Santos, nem da PGR sobre um diferendo ligado á transferência de milhões de dólares já depois de Isabel dos Santos ter sido exonerada do cargo.
O PCA da Sonangol e refutou a ideia, segundo a qual a filha mais velha do antigo presidente angolano teria melhorado a situação que encontrou na companhia.
“Se (a engenheira) tivesse salvo a Sonangol hoje não estaríamos com o nível de divida que temos, se ela tivesse salvo a Sonangol não teríamos as operadoras da indústria petrolífera nacional, pela primeira vez em 42 anos. terem feito chegar um documento ao presidente da republica a reclamar da inércia da Sonangol e o facto de haver no "pipe line” da empresa cinco mil milhões de dólares para aprovação", disse.
Interrogado pela VOA sobre a existência de um eventual buraco financeiro nas contas da Sonangol o que teria levado a UNITA solicitar uma CPI sobre a petrolífera angolana, Saturnino negou haver qualquer rombo financeiro e assegurou não ter medo de qualquer auditoria externa às contas da Sonangol.
"A situação financeira actual da Sonangol é positiva mas ainda não é a mais aconselhável, ainda não é a desejável", disse.
O dirigente da Sonangol disse que este ano prevê uma produção diária de barris de petróleo na ordem de um milhão e quatrocentos e trinta e quatro, o ano passado de acordo o seu PCA a concessionária angolana conseguiu poupar, fruto da sua política de redução de custos mais de mil e quatrocentos mil milhões de dólares.
Quanto ao relatório do ano passado, a empresa diz ter conseguido poupar mais de mil milhões de dólares das suas transações.