O legado do herói antiapartheid sul-africano, Nelson Mandela é um legado de perdão e reconciliação, como o líder que apelou ao povo da sua fracturada nação para colocar de lado as suas diferenças.
Nos últimos dias, o clã Mandela tem estado envolvido em vários feudos públicos sobre vários assuntos.
Nelson Mandela ganhou o Prémio Nobel da Paz pelos seus esforços para por termo ao apartheid e reconciliar os sul-africanos.
Mas enquanto o símbolo do antiapartheid permanece em situação critica num hospital em Pretória, nos últimos dias a sua família tem mostrado ser tudo menos pacífica e unida.
Na sexta-feira, a ex-mulher de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela, levou a cabo uma conferência de imprensa, no Soweto, que não estava agendada, durante a qual atacou a imprensa por ser demasiadamente “metediça” quanto à saúde de Mandela.
Durante o fim-de-semana, Madikizela-Mandela atacou o Congresso Nacional Africano, ANC, que define Mandela como seu líder emérito. A acusação escalou para uma discussão pública entre ela e o ANC.
Tudo isto aconteceu tendo como pano de fundo duas recentes batalhas legais envolvendo a família Mandela, incluindo uma audiência judicial, esta segunda-feira, na qual pelo menos 17 familiares disputam o local onde os restos mortais de membros do clã devem ser enterrados.
Nesta segunda-feira, o neto Mandla Mandela apareceu em tribunal depois de 16 familiares terem desafiado a sua decisão de 2011 de levar os restos mortais dos filhos de Mandela para Mvezo, cidade onde Mandela nasceu e onde ele, Mandla, é chefe.
Os restos tinham sido colocados inicialmente em Qunu, cidade próxima e onde Mandela passou grande parte da sua meninice e juventude e para onde se retirou. Os que desafiam esta decisão querem que os restos sejam devolvidos a esta cidade.
Mandla Mandela não respondeu até agora a pedidos para que comente este desafio familiar.
Estas disputas parecem ter colocado a nação numa posição estranha, de tentar abrandar a retórica entre este clã em guerra – e lembrar-lhe do seu objectivo comum.
Mac Marahaj o porta-voz presidencial lembrou: “Penso que precisamos de reduzir o tom e ajudá-los a viver com as diferentes posições, bem como defender a privacidade e a dignidade do momento.”
Notícias dos feudos familiares tornaram-se conhecidos da nação porque para os sul-africanos Nelson Mandela é como um membro da família de cada um. Muitos sul-africanos referem-se a Nelson Mandela como “tata” – o pai – ou pelo seu nome de clã, Madiba, num sinal de afeição e respeito.
Assim quando Winnie Madikizela-Mandela acusou este fim-de-semana o ANC de explorar Mandela ao dar a conhecer imagens em Abril mostrando um Mandela fragilizado e envelhecido, o ANC respondeu como se fosse um familiar ofendido. O comentário foi feito pelo porta-voz do ANC, Khusela Sangoni-Khawe.
“As afirmações que foram feitas por Winnie Madikizela-Mandela são de facto infelizes. São extremamente lamentáveis na óptica do ANC. Penso que não levam em consideração aquilo que, na sua essência, o ANC tenta partilhar com o povo da África do Sul e o mundo. Só temos a dizer que não vamos mais responder a afirmações desta natureza pois pensamos que devemos todos apoiar Tata Mandela enquanto estiver no hospital.”
Líderes locais contribuíram para o feudo com as suas opiniões ao dizerem à imprensa acreditar que a contínua doença de Mandela é provocada por uma maldição feita à família por antepassados mortos descontentes.
Sangoni-Khawe, porta-voz do ANC, apelou aos sul-africanos a concentrarem-se nas questões que são importantes.
“As questões que envolvem o que está a acontecer à sua família e as discussões sobre novos enterros, peso que não deviam ser o foco neste momento. Todos nós deveríamos estar a trabalhar para garantir que Tata recupera, que sai do hospital e se reúne à sua família e que os poderá ajudar a resolver os desafios que enfrentam nesta altura.
Todavia é claro que a família Mandela continuará a ser notícia mesmo com um agravamento da doença do seu patriarca.
Talvez o complicado relacionamentos da sua família com a publicidade tenha sido descrito da melhor forma por uma das netas de Mandela.
Swati Dlamimi apelou ao mundo para que conceda à família a “privacidade” para fazer face ao agravamento da saúde do avô. O apelo foi feito num show de televisão em que ela é uma das protagonistas intitulado “Being Mandela.”
Nelson Mandela ganhou o Prémio Nobel da Paz pelos seus esforços para por termo ao apartheid e reconciliar os sul-africanos.
Mas enquanto o símbolo do antiapartheid permanece em situação critica num hospital em Pretória, nos últimos dias a sua família tem mostrado ser tudo menos pacífica e unida.
Na sexta-feira, a ex-mulher de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela, levou a cabo uma conferência de imprensa, no Soweto, que não estava agendada, durante a qual atacou a imprensa por ser demasiadamente “metediça” quanto à saúde de Mandela.
Durante o fim-de-semana, Madikizela-Mandela atacou o Congresso Nacional Africano, ANC, que define Mandela como seu líder emérito. A acusação escalou para uma discussão pública entre ela e o ANC.
Tudo isto aconteceu tendo como pano de fundo duas recentes batalhas legais envolvendo a família Mandela, incluindo uma audiência judicial, esta segunda-feira, na qual pelo menos 17 familiares disputam o local onde os restos mortais de membros do clã devem ser enterrados.
Nesta segunda-feira, o neto Mandla Mandela apareceu em tribunal depois de 16 familiares terem desafiado a sua decisão de 2011 de levar os restos mortais dos filhos de Mandela para Mvezo, cidade onde Mandela nasceu e onde ele, Mandla, é chefe.
Os restos tinham sido colocados inicialmente em Qunu, cidade próxima e onde Mandela passou grande parte da sua meninice e juventude e para onde se retirou. Os que desafiam esta decisão querem que os restos sejam devolvidos a esta cidade.
Mandla Mandela não respondeu até agora a pedidos para que comente este desafio familiar.
Estas disputas parecem ter colocado a nação numa posição estranha, de tentar abrandar a retórica entre este clã em guerra – e lembrar-lhe do seu objectivo comum.
Mac Marahaj o porta-voz presidencial lembrou: “Penso que precisamos de reduzir o tom e ajudá-los a viver com as diferentes posições, bem como defender a privacidade e a dignidade do momento.”
Notícias dos feudos familiares tornaram-se conhecidos da nação porque para os sul-africanos Nelson Mandela é como um membro da família de cada um. Muitos sul-africanos referem-se a Nelson Mandela como “tata” – o pai – ou pelo seu nome de clã, Madiba, num sinal de afeição e respeito.
Assim quando Winnie Madikizela-Mandela acusou este fim-de-semana o ANC de explorar Mandela ao dar a conhecer imagens em Abril mostrando um Mandela fragilizado e envelhecido, o ANC respondeu como se fosse um familiar ofendido. O comentário foi feito pelo porta-voz do ANC, Khusela Sangoni-Khawe.
“As afirmações que foram feitas por Winnie Madikizela-Mandela são de facto infelizes. São extremamente lamentáveis na óptica do ANC. Penso que não levam em consideração aquilo que, na sua essência, o ANC tenta partilhar com o povo da África do Sul e o mundo. Só temos a dizer que não vamos mais responder a afirmações desta natureza pois pensamos que devemos todos apoiar Tata Mandela enquanto estiver no hospital.”
Líderes locais contribuíram para o feudo com as suas opiniões ao dizerem à imprensa acreditar que a contínua doença de Mandela é provocada por uma maldição feita à família por antepassados mortos descontentes.
Sangoni-Khawe, porta-voz do ANC, apelou aos sul-africanos a concentrarem-se nas questões que são importantes.
“As questões que envolvem o que está a acontecer à sua família e as discussões sobre novos enterros, peso que não deviam ser o foco neste momento. Todos nós deveríamos estar a trabalhar para garantir que Tata recupera, que sai do hospital e se reúne à sua família e que os poderá ajudar a resolver os desafios que enfrentam nesta altura.
Todavia é claro que a família Mandela continuará a ser notícia mesmo com um agravamento da doença do seu patriarca.
Talvez o complicado relacionamentos da sua família com a publicidade tenha sido descrito da melhor forma por uma das netas de Mandela.
Swati Dlamimi apelou ao mundo para que conceda à família a “privacidade” para fazer face ao agravamento da saúde do avô. O apelo foi feito num show de televisão em que ela é uma das protagonistas intitulado “Being Mandela.”