Milhares de pessoas reuniram-se na cidade de Ahvaz, no sudoeste do Irão , para homenagear Qassem Soleimani, comandante da Força Quds do Irão, que foi morto na sexta-feira, 3 de janeiro, por um ataque aéreo dos EUA enquanto viajava com uma comitiva para o vizinho Iraque.
A televisão estatal transmitiu imagens em directo das cerimónias de domingo, mostrando manifestantes vestidos de preto cantando e batendo no peito em homenagem a Soleimani, cujo corpo foi devolvido ao Irão pouco antes do amanhecer.
Veja Também Donald Trump promete atingir 52 alvos iranianos se o Irão retaliar ataque que matou Q. SoleimaniO canal estatal publicou um vídeo de um caixão embrulhado numa bandeira iraniana, a ser retirado de um avião enquanto uma banda militar tocava.
O Irão declarou três dias de luto e o corpo de Soleimani será levado para a cidade sagrada de Mashad e para Teerão antes do seu enterro em Kerman, a sua cidade natal, a 7 de janeiro.
Como chefe da Força Quds, Soleimani, 62 anos, ajudou a orquestrar as operações clandestinas e militares no exterior de Teerão.
Veja Também "Morte à América", gritaram milhares no funeral de Qassem SoleimaniA Força Quds, o braço estrangeiro do Corpo Revolucionário da Guarda Islâmica (IRGC) do Irão, foi designada uma organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos.
O Major General foi morto num ataque aéreo dos EUA, enquanto viajava com o líder da mílicia iraquiana, apoiada pelo Irão depois de deixar o aeroporto de Bagdade nas primeiras horas da manhã de 3 de janeiro - um ataque que aumentou substancialmente as tensões entre Washington e Teerão.
Veja Também Mike Pompeo justifica morte de líder militar iraniano com ataques iminentes contra americanosAbu Mahdi al-Muhandis, vice-comandante da milícia Hashd Shaabi, apoiada pelo Irão, no Iraque, também foi morto no ataque.
Pessoas marcharam também em Bagdade por Soleimani e outros mortos no ataque, enquanto muitos manifestantes anti-Irão comemoraram as mortes em outros locais no Iraque.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ordenou o ataque a Soleimani, porque o comandante iraniano organizou ataques a alvos dos EUA e do Iraque e que planeava outras acções terroristas.
O Irão prometeu "vingança dura" pelo ataque dos EUA a Soleimani, um dos militares mais poderosos do Irão.