10 de Junho (Reuters) - O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, informou o líder chinês, Xi Jinping, sobre a próxima visita de líderes africanos à Rússia e Ucrânia numa tentativa de terminar as hostilidades, informou a presidência sul-africana neste sábado.
A emissora estatal chinesa informou que os dois líderes tiveram um telefonema, na sexta-feira, 9. Um comunicado da presidência da África do Sul indica que Ramaphosa disse a Xi que observou o plano de paz proposto pela China e afirmou o apoio dos líderes africanos a iniciativas voltadas para uma resolução pacífica do conflito.
"O presidente Xi Jinping elogiou a iniciativa do continente africano e reconheceu o impacto que o conflito teve nas vidas humanas e na segurança alimentar em África", lê-se no comunicado da presidência.
Várias propostas de paz para acabar com a guerra surgiram em diferentes capitais, pois a guerra deslocou milhões de pessoas, impulsionou os preços dos alimentos e afetou a prosperidade mundial.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, fez um grande esforço para cortejar o Sul Global, um termo usado para as regiões da América Latina, África e Ásia, no mês passado em resposta aos movimentos de paz de alguns de seus membros. A posição declarada da Ucrânia para qualquer acordo de paz é que todas as tropas russas devem se retirar do seu território.
Veja Também África do Sul recua na saída do TPI e cita 'erro' de comunicaçãoA 16 de Maio, Ramaphosa anunciou o plano de paz africano, cujos detalhes não foram divulgados. O plano de paz também é apoiado pelos líderes do Senegal, Uganda, Egipto, República do Congo e Zâmbia.
Durante a teleconferência de sexta-feira, Ramaphosa e Xi também discutiram a cimeira das economias emergentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), que será sediada pela África do Sul em Agosto.
A África do Sul disse que está a considerar opções legais se o presidente russo, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão por crimes de guerra, comparecer à cimeira do BRICS.
O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado para que Putin seja preso, em conexão com a invasão da Ucrânia pela Rússia, e a África do Sul, como membro da entidade, seria obrigada a prendê-lo se ele comparecer à cipula em Joanesburgo.
Veja Também Putin visita a Crimeia no aniversário da anexação, um dia após o mandado do TPI