A vila de Palma, em Cabo Delgado, continua a viver momentos de terror, um dia depois do ataque de insurgentes ligados ao grupo Estado Islâmico, do qual resultaram mortes ainda não especificadas.
Nas ruas, foram vistos corpos, alguns decapitados, reporta a Reuters citando fontes de segurança.
Com a vila sem comunicação via telefone e as vias de acesso bloqueadas, os detalhes dos danos provocados pelos insurgentes são escassos.
Veja Também Cabo Delgado: Ataque armado em Palma, perto da zona de projectos de gás naturalCitando fontes de segurança e um diplomata, a Reuters escreve que helicópteros armados trocaram tiros com supostos insurgentes islâmicos, no segundo dia de combates, na vila próxima de um dos mais promissores projectos mundiais de gás natural liquefeito.
A publicação online Carta de Moçambique reporta que, na quarta-feira, 24, o centro de combates foi nas proximidades da igreja católica; e na quinta-feira, 25, um helicóptero da empresa militar DAG participou na evacuação de pessoas.
A DAG foi contratada por Moçambique para combater os insurgentes.
Veja Também Dyck Advisory Group promete investigação independente após ser acusada de matar civis em MoçambiqueA francesa Total, uma das multinacionais que lideram os projectos de gás, segundo a Reuters, não fez comentários imediatos sobre o impacto do ataque nas suas operações.
A companhia, que interrompera as suas obras na região, por motivos de segurança, havia anunciado a sua retomada, pouco antes do ataque a Palma.
Numa conferencia de imprensa, as autoridades militares moçambicanas prometeram combater o grupo e restaurar a paz na vila.
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