“A insurgência no norte de Moçambique é bastante preocupante” e os Estados Unidos esperam que o Governio de Maputo responda de forma sistemática para evitar que se torne num problema maior, disse Tibor Nagy, secretário de Estado Assistente para os Assuntos Africanos.
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Numa conferência de imprensa nesta semana, Nagy afirmou que a insurgência em Cabo Delgado “passou de um movimento muito pequeno para um movimento muito maior, no último ano, ano e meio" e por isso espera que "Moçambique dê toda a atenção para lidar com isso de uma maneira muito sistemática”.
Nagy deu o exemplo da ascensão do Boko Haram, que começou como um pequeno movimento, mas “devido à maneira como o Governo nigeriano reagiu inicialmente, transformou-se numa ameaça muito séria, não apenas para o nordeste da Nigéria, mas para os países vizinhos.”
Veja Também Governo dificulta compreensão dos ataques em Cabo Delgado, dizem investigadoresO diplomata acrescentou que a embaixada dos Estados Unidos em Maputo e outros parceiros têm falado com o Governo de Moçambique sobre as melhores maneiras de “responder a essa insurgência para evitar que ela se torne o tipo de ameaça que o Boko Haram se tornou na Nigéria”.
Veja Também Moçambique: exército mais perigoso para jornalistas que insurgentesOs ataques em Cabo Delgado iniciaram em outubro de 2017.
Pelo menos 900 pessoas foram mortas e várias aldeias e infraestruturas devastadas pelo grupo que vários estudos apontam ser de extremismo islâmico.
As autoridades de Maputo afirmaram recentemente que os ataques são feitos pelo grupo Estado Islâmico, que várias vezes reivindicou a autoria.
O Governo moçambicano anunciou também a morte de mais de uma centena de militantes no mês de abril.
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