A Total, maior empresa francesa de energia, retirou todos os seus trabalhadores da sua unidade de gás natural em Afungi, no norte de Moçambique, reporta a Reuters citando duas fontes familiarizadas com a matéria.
A retirada é influenciada pelos confrontos entre os combatentes ligados ao Estado Islâmico e forças de defesa moçambicanas, em Palma, próximo de Afungi.
Veja Também Cabo Delgado: Pesquisador João Feijó diz que o projecto de gás poderá avançar, mas sem muitas vantagens para o paísAs duas fontes da Reuters disseram que a empresa decidiu retirar seus funcionários, quando os insurgentes pareciam se aproximar do local, mas não deram mais detalhes.
A Total, que, na semana passada cancelou a retomada da construção do seu empreendimento de 20 mil milhões de dólares, devido à violência, não quis comentar quando contactada pela Reuters.
Veja Também Mais de mil sobreviventes de Palma chegam a PembaReporta-se que os insurgentes assumiram algumas posições militares moçambicanas, perto de Afungi, ao sul de Palma, na sexta-feira, e a situação ainda era altamente volátil, disse à Reuters outra fonte de segurança.
Por outro lado, o Programa Mundial da Alimentação (PMA) anunciou a suspensão temporária dos seus voos de evacuação de Palma, alegando a deterioração na situação de segurança.
Veja Também União Africana apela a acção urgente após ataque em MoçambiqueAs posições da Total e PMA surgem depois da autoridades de defesa terem, através da Rádio Moçambique, anunciado que Afungi estava fora do alcance dos insurgentes.