Inhambane declarada "livre de minas terrestres"

Desminagem em Inhambane,Moçambique

A enas três das 11 províncias moçambicanas ainda não foram declaradas “livres de minas terrestres”.

Em Moçambique, Inhambane foi declarada hoje, 6, oficialmente "livre de minas terrestres"'. A cerimónia teve lugar no distrito de Inhassoro.

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Inhambane declarada "livre de minas terrestres"

Desde o início das operações de desminagem naquela província, foram clarificadas terras numa área estimada em mais de 10 milhões de metros quadrados, tendo sido destruídas cerca de duas mil minas anti-pessoais e 3.500 engenhos não-explodidos, conhecidos por UXO’s. Iniciadas depois da assinatura dos acordos que puseram fim a 16 anos de conflito armado, as operações de desminagem em Moçambique estão prestes a chegar ao fim.

O país tem 11 províncias, contando com a cidade de Maputo, e, destas, faltam apenas três a serem declaradas “livres de minas terrestres”.

Nesta quinta-feira, 6, em cerimónia realizada em Inhassoro, o Instituto Nacional de Desminagem fez a entrega formal da província de Inhambane, às autoridades locais, depois de um trabalho que durou cerca de 20 anos.

São áreas que, neste momento, não se podem desminar, segundo disse à VOA Alberto Augusto, Director do Instituto Nacional de Desminagem.

E não é possível desminar porque simplesmente não há tecnologia para o fazer em Moçambique.

No país estão actualmente quatro operadores humanitários internacionais e 52 comerciais nacionais, a fazerem trabalhos de desminagem.

Como resultado dessas operações, no período 2008-2014, foram libertadas cerca de três mil áreas tidas como perigosas, numa extensão aproximada de 52 milhões de metros quadrados de terras.

O Instituto Nacional de Desminagem fala da destruição de mais de sessenta e uma mil minas terrestres, cerca de 5 mil engenhos não-explodidos e mais de 80 mil munições de pequeno calibre.

Apesar dos atrasos verificados por causa da situação de insegurança motivada pela recente tensão político-militar, em particular na província central de Sofala, as autoridades governamentais acreditam que será possível concluir as operações de desminagem em território nacional ainda este ano.