Os industriais da província angolana da Huíla querem mais atenção do Governo para tornar o parque da região num dos mais importantes do país.
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O acesso às divisas, o fim da burocracia e a subvenção aos combustíveis são algumas das várias questões que os empresários do ramo da indústria colocaram num encontro no Lubango com a ministra de tutela, Bernarda Martins.
O presidente da Associação Agro-pecuária, Comercial e Industrial da Huíla, (AAPCIL), Paulo Gaspar, entende que a falta de descentralização do poder é outro problema que emperra a indústria fora de Luanda e aponta como exemplo o desempenho do banco central.
“Nós temos estado a encabeçar uma luta para a descentralização das divisas como medida excepcional nesta fase que é excepcional também. Primeiro, há que ir a Luanda e fica-se em desvantagem porque o empresário não é de Luanda, e depois tem que ir chorar naqueles ministérios e sem nunca saber com quem falar”.
Para a ministra da indústria, Bernarda Martins, o Governo está atento às preocupações dos industriais e a questão do acesso às divisas é transversal ao país.
Bernarda Martins disse, entretanto, que a implementação pelo seu Ministério de um tempo a esta parte de um mecanismo de acesso à moeda externa tem estado a ajudar na recuperação de algumas indústrias a pouco encerradas devido a crise.
“Fábricas que fecharam e que mandaram empregados para casa abundam no país. Antes deste mecanismo começar a funcionar muitas fábricas pararam mesmo de Cabinda ao Cunene e aos poucos este mecanismo começa a dar mostras de funcionamento e muitas começam a readmitir os seus trabalhadores”, revelou Martins.
A ministra da Indústria indicou ainda que por causa da falta de recursos, o surgimento dos polos industriais pelo país deve passar pela iniciativa dos empresários de cada província, cabendo ao Estado a cedência de terrenos.
Na Huíla foi separada a zona da Eiwa, nos arredores do Lubango, para o efeito.