O conflito dentro da CASA-CE envolvendo os chamados independentes e membros de partidos coligados está a agravar-se em Angola.
Em Malanje os independentes foram suspensos de todas as actividades pelo secretário provincial, Carlos Xavier Luís Lucas, ele próprio um independente que com a decisão deixou também exercer o seu cargo.
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Lucas disse que a recente decisão do Tribunal Constitucional de proibir os independentes no seio da CASA-CE de formarem o seu próprio partido está na base da decisão de suspender as actividades dos independentes na coligação.
O ex-secretário provincial revelou que vai realizar-se no fim deste mês em Luanda uma reunião “que poderá definir se continuamos na coligação ou não”.
A tensão existente no seio da coligação ficou patente com a reacção de Miguel Constantino Copessala, primeiro secretário do Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), uma das forças da coligação, que disse que a saída dos independentes põe fim aos conflitos interno
“Acabamos com o conflito porque há um acórdão do Tribunal que o companheiro Carlos referiu, esse acórdão já não dá poderes aos independentes e o companheiro Carlos nem podia vir aqui à imprensa e mandar suspender a actividade dos independentes, porque ele não é o responsável dos independentes, nem tão pouco pode orientar o encerramento das sedes municipais, nem a sede provincial”, defendeu Copessala.
Membros dos partidos que integram a CASA-CE acusaram os independentes de se apoderarem da coligação em Malanje, fazendo notar que a nível dos secretariados municipais não há nenhum que tenha sido escolhido pelos partidos
Mas Carlos Xavier Luís Lucas disse que a expansão da CASA-CE em Malanje deve-se à actividades dos independentes.
“Quando assumimos a direcção da CASA-CE em Malanje apenas nos encontravamos mos (…) presentes no município sede de Malanje com uma única bandeira erguida, encontramos igualmente apenas 700 membros inscritos”, disse, acrescentando que “com a nossa contribuição levamos a CASA CEa todos os campos de Malanje nos 14 municípios e às comunas todas que integram a nossa província e conta neste momento com mais de 20 mil membros”, concluiu.
Refira-se que o líder da coligação a nível nacional, Abel Chivukuvuvu, tem sido alvo de críticas de seus parceiros, sendo ele também um independente em virtude de não integrar qualquer partido.