A Associação Moçambicana de Mulheres de Carreira Jurídica (AMMCJ) inaugurou hoje, 10, uma Casa de Acolhimento para as vítimas da violência doméstica, em Manhiça, Maputo.
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Dalmázia Cossa, presidente daquela associação, diz que a casa servirá de ponto de acolhimento das vítimas, durante o período em que estiverem com o processo em julgamento para evitar o convívio directo com o agressor.
“Durante os 22 anos em que trabalhamos na assistência jurídica às vítimas da violência, em particular, sentimos falta de uma casa como esta, que podia ter sido útil para que se evitasse muitas tragédias ou outras situações, caso as vítimas pudessem ser isoladas do agressor, em tempo útil” diz Cossa.
A infraestrutura está localizada no distrito da Manhiça, cerca de 80 Km da cidade do Maputo e vai albergar vítimas de toda a região sul do país.
Em carteira estão mais duas residências do género, que serão construídas nas zonas centro e norte.
Pelo menos 20 mil casos de violência doméstica foram registados de Janeiro a Setembro do ano passado em Moçambique.
Metade das vítimas são mulheres, sete mil crianças e as restantes, homens, diz o ministério de Género, Criança e Acção Social.
São números que as autoridades classificam de preocupantes, mas que continuam longe de reflectir o real drama pelo passam milhares de pessoas, com destaque para mulheres e crianças.
Muitas sofrem no silêncio e, por isso, ficam fora das estatísticas oficiais.