A pouco mais de um mês das eleições gerais em Moçambique, existe um enorme défice de informação por parte da autoridade eleitoral sobre o processo em curso.
Your browser doesn’t support HTML5
A imprensa moçambicana é bem avaliada na cobertura das eleições anteriores nomeadamente as autárquicas de 2013, apesar das dificuldades que enfrenta para estar presente junto de todos os candidatos e em todo o o país.
O bastonário Tomás Timbane reputa de fundamental a função da imprensa nestas eleições, principalmente para ocupar algum vazio informativo deixado pelas autoridades eleitorais.
Para o bastonário, a imparcialidade e a isenção dos jornalistas são aspectos que devem ser reforçados, mesmo sabendo que os meios de comunicação enfrentam dificuldades técnicas e financeiras.
Tomás Timbane aponta três pilares para uma boa cobertura jornalística das eleições de 15 de Outubro: "segurança para os jornalistas estarem presentes em todo o país, que os jornalistas possam estar a 300 metros dos locais de voto como diz a nossa legislação e capacidade dos jornalistas informarem com a devida isenção".
Estes e outros assuntos, entre eles o fim da dependência de alguns meios de comunicação em relação aos partidos que financiam custos de deslocação para cobrir as suas actividades estiveram em debate hoje, 4, em Maputo na conferência “Papel do jornalista e dos mídia em tempo de eleições: imparcialidade, dever de informação, educação e prevenção de conflitos eleitorais na perspectiva de Direitos Humanos”, organizada pela Ordem dos Advogados de Moçambique.