Cerca de cento e cinquenta imigrantes africanos recusam ser integrados nas comunidades da cidade portuária sul-africana de Durban, alegando falta de segurança, depois da vaga de xenofobia registada em Marco e Abril últimos.
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Os imigrantes vivem ao relento no campo de Chatsworth, que até o encerramento oficial, na semana passada, abrigava as vitimas da xenofobia.
Chatsworth e outros campos na periferia do centro da cidade de Durban foram oficialmente encerrados, porque a maior parte dos imigrantes, incluindo moçambicanos, regressou aos seus países de origem fugindo da violência que resultou na morte de, pelo menos, sete pessoas e desalojou mais de cinco mil.
Outros imigrantes aceitaram a integração nas comunidades locais, mas um grupo de africanos, basicamente do Burundi e do Congo Democrático, recusa a integração nas comunidades locais e nem pode regressar aos seus respectivos países de origem por falta de segurança.
As Nações Unidas ofereceram apoio financeiro para a integração nas comunidades sul-africanas, mas os imigrantes declinaram o gesto.
Eles preferem ser levados para qualquer ponto da Europa com melhores condições de segurança, depois de escaparem da violência armada nos seus países de origem e xenofobia na África do Sul.
As Nações Unidas estão a avaliar a situação, enquanto o grupo de imigrantes vive ao relento em Chatsworth, enfrentando as baixas temperaturas do inverno sul-africano.
Enquanto isso, na cidade do Cabo, os moçambicanos vivem momentos de paz com a comunidade local, confirmou Lino Ubisse, líder comunitário e empresário moçambicano ali residente.
Na recente onda de xenofobia que abalou a África do Sul, dois moçambicanos foram brutalmente assassinados em Durban e Joanesburgo.
O governo sul-africano pediu desculpas aos governos africanos cujos cidadãos foram vitimas da xenofobia e prometeu lidar vigorosamente com promotores e causas da xenofobia.