Imigrantes africanos em Israel não aceitam oferta do Governo para deixarem Israel

An African refugee surveys a vacant shelter, after an early morning police raid to deport illegal African immigrants, in Tel Aviv, Israel, February 2008. (file photo)

A imprensa denunciou que o Governo do Uganda recebeu dinheiro de Israel para acolher os emigrantes e depois os enviou para o Sudão.
O Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está decidido a expulsar todos os imigrantes ilegais, principalmente os africanos que não têm qualquer vínculo sanguíneo com os israelitas.

É que, segundo Netanyahu, os africanos não são perseguidos políticos como dizem mas imigrantes à procura de trabalho.

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Imigrantes africanos não aceitam dinheiro para abandonar Israel - 2:20



Por agora, os imigrantes estão entre ficar nos seus locais de residências e esperarem pela polícia ou irem para os centros de detenção, como o de Holot, situado na fronteira entre Israel e Egipto.

O Governo israelita ofereceu 3 mil e 500 dólares e um bilhete de avião gratuito a quem decidir abandonar o país, mas os imigrantes recusam-se a aceitar a oferta porque dizem que se regressarem aos seus países de origem serão mortos.

Entretanto, a imprensa local, nomeadamente o diário Haretz, e outros meios de comunicação denunciaram que o Governo do Uganda recebeu dinheiro de Israel para acolher os emigrantes e que os enviou depois para o Sudão.

O correspondente da Voz da América em Jerusalém, mas Scott Bob diz não haver confirmação oficial desta informação.

A situação é quase explosiva tanto em Tel-Aviv, que alberga a maior parte dos imigrantes africanos, como no centro de detenção de Holot, cujos habitantes não podem ver os familiares que estão longe.

Segundo Scott Bob é uma situação de total desespero para os imigrantes.

Apesar da oposição de uma boa parte da população e de vários grupos de defesa dos imigrantes e dos direitos humanos, a lei que autoriza o Governo a prender e expulsar os imigrantes ilegais segue agora para o Supremo Tribunal que, a partir do dia 1 de Abril, vai analisar a sua constitucionalidade.