A cidade da Ilha de Moçambique, na província de Nampula, declarada em 1991 pela UNESCO como o Património da Humanidade, está em risco de desaparecer devido à erosão costeira.
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A subida do nível do mar, a diminuição da quantidade de sedimentos fornecidos ao litoral e a degradação antropogénica das estruturas naturais são apontadas como estando na origem do problema que deixa preocupados os residentes e as autoridades governamentais locais.
O município garante que já disponibilizou cerca de 300 mil dólares para obras de reabilitação que devem arrancar ainda neste mês.
Na zona insular, as autoridades estimam o desaparecimento até ao momento de uma área de 300 metros e na parte continental são 500 metros que correm o risco de deixar de existir.
A situação é mais crítica no posto administrativo de Lumbo, na zona da Fortaleza e da Piscina.
Esta ameaça ambiental acontece numa altura em que as autoridades governamentais estão empenhadas na reabilitação de algumas infra-estruturas mais antigas como o caso do hospital local.
O problema da erosão costeira é antigo.
Em 2012, o Governo arrancou com o projecto de plantio de mangal para combater, mas mesmo assim a situação persiste.
Adamo Mussagy, residente na ilha de Moçambique e guarda da Fortaleza, diz que a situação é crítica porque as águas estão a corroer a Fortaleza.
Kira Castelo, italiana que fixou residência na Ilha de Moçambique, tem uma justificação: “a erosão resulta do resulta do aquecimento global”.
O Governo diz necessitar de mais de um milhão e meio de dólares para resolver o problema.
Por agora, Saide Amur, presidente do município da ilha de Moçambique, revela que o projecto de desenvolvimento dos municípios já disponibilizou mais de dois milhões de meticais (pouco mais de 300 mil dólares) para obras na zonas afectadas.
As obras de construção do muro para combater a erosão arrancam ainda este mês.