A ilha Brava, a menor de Cabo Verde, é constantemente apelidada pelos seus moradores, como a mais "esquecida" no arquipélago, com os dedos apontados sempre aso consecutivos governos centrais.
Questão recorrente é a construção de um aeródromo que deverá ser feita na Esparadinha, local onde funcionou a antiga pista.
Apesar de ter sido desativado há vários anos devido a condições de segurança, o presidente da Câmara Municipal Orlando Bala afirma que é possível implementar o projecto de um novo aeródromo no referido espaço, desde que forem criadas condições necessárias para tal.
Com o anúncio das novas autoridades governamentais em realizar um estudo para ver as reais possibilidades, os bravenses voltam a acreditar e exigem o seu aeroporto.
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Trata-se de uma infra-estrutura, segundo Bala, "fundamental para alavancar o processo de desenvolvimento da ilha, que nos últimos anos tem sido ligada apenas por via marítima".
Outro aspecto que o autarca considera importante para a evolução da Brava é a necessidade de o Governo fazer uma "discriminação positiva" para com a ilha das flores, como é conhecida, "tendo em conta as suas fragilidades e a ausência de meios para realizar planos de investimentos".
As verbas disponíveis mal chegam para cobrir as despesas de funcionamento, de acordo com Bala.
Com mais meios financeiros, a ilha poderá apostar no turismo, pesca, e agricultura.
A bem pouco tempo realizou-se um fórum, no qual foram apresentadas pistas e linhas orientadores, agora diz Orlando Bala, falta a mobilização de recursos financeiros para a realização de tais investimentos.
Para além da necessidade de se fazer investimentos a nível de infraestruturas, o edil Orlando Bala destaca a importância de se apostar nas pessoas, neste particular, reserva atenção especial aos mais carenciados, sobretudo os idosos.
Aos emigrantes, a edilidade pretende reforçar atenção tendo em conta a contribuição que dão no dia-dia da ilha, com a realização de acções locais, e envio de apoios aos familiares.
No final da entrevista à Voz da América, Orlando Bala pediu aos bravenses radicados no estrangeiro e noutras ilhas do país, a visitarem a Brava, afim de juntos contribuírem para o desenvolvimento sustentado da ilha