A Igreja Católica em Moçambique diz que o anúncio do cancelamento do desarmamento compulsivo da Renamo significa que o Governo está a pouco e pouco a convencer-se de que a situação que se vive no país é muito complicada e não se resolve com a simples recolha de armas.
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O Presidente moçambicano Filipe Nyusi determinou o fim do desarmamento compulsivo da Renamo em curso e voltou a dizer que está disponível para falar com quer que seja de modo a restabelecer o diálogo no país.
O bispo auxiliar de Maputo, Dom Carlos Nunes, diz que a Igreja Católica sempre esteve convencida de que o conflito em Moçambique não se resolve apenas com a recolha de armas.
Para o dirigente religioso, o conflito em Moçambique “é complexo, e para além de questões meramente políticas, tem também a ver com a forma como se organiza a sociedade e se faz a distribuição da riqueza nacional”.
Calton Cadeado, especialista em Relações Internacionais e questões de conflito no Instituto Internacional de Relações Internacionais de Moçambique, a mensagem do Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi tem alvos principais, nomeadamente, as forças de defesa e segurança, Renamo, o povo de Moçambique e a comunidade internacional.
A VOA soube de um especialista em assuntos militares que, de acordo com a instrução do Chefe de Estado, as Forcas de Defesa e Segurança já não vão atacar as bases da Renamo, mas vão exigir que os guerrilheiros entreguem voluntariamente as suas armas.