O líder do Partido de Unidade Nacional (PUN), uma formação política extraparlamentar, defendeu, no fim-de-semana, em Bissau, a refundação do Estado guineense.
Para Idrissa Djaló, o sistema político guineense está falido e não tem ajudado o país a conter a instabilidade cíclica, desde a abertura ao multipartidarismo, na década de 1990.
“O problema que temos hoje na Guiné-Bissau é falhanço do Estado pós-colonial, que nunca funcionou. Este Estado que temos hoje não vale e não pode nos dar segurança", diz.
Trata-se de um assunto que tem causado contradições e debates, na Guiné-Bissau, nos últimos dez anos.
Na opinião do investigador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, Fode Mané, a Guiné-Bissau não é um Estado falhado, mas sim em construção.
“Para o Estado, é preciso recursos humanos, infraestruturas e legislação adequada e apropriada pela população. Não tivemos isso. Aquilo que o líder político chama de Estado falhado, nós chamamos de um Estado em construção”, diz Mané.
O consultor jurídico Luís Peti diz que o dilema da Guiné-Bissau reside na forma de fazer politica, e não no sistema, em si, daí a sua sugestão de reformas.
Diz Peti que a Guiné-Bissau precisa de “reforma do sistema político, a mentalidade do homem politico guineense a forma de ver o Estado como a essência daquilo que é o bem comum e não uma abordagem sectária”.
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