Há moçambicanos envolvidos na "desestabilização" da RDC e Tanzânia

A revelação é do Comandante-Geral da Polícia de Moçambique

O Comandante-Geral da Polícia de Moçambique, Bernardino Rafael, diz haver moçambicanos envolvidos na desestabilização da República Democrática do Congo (RDC) e da Tanzânia, recrutados no mesmo âmbito que aqueles que aterrorizam alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado.

Your browser doesn’t support HTML5

Há moçambicanos envolvidos na "desestrabilização" da RDC e Tanzânia

Rafael fez o anúncio, no domingo, 3, em Maputo, no seu regresso de Luanda, onde participou num encontro anual de polícias da África Austral.

"Esses cidadãos (que se encontram na RDC), são nossos filhos que saíram daqui, alegadamente para aprender o Corão, e os que estão na Tanzânia iam lá à procura de emprego e acabaram integrando grupos de malfeitores", afirmou o Comandante-Geral da Polícia.

Em relação ao grupo que actua no norte de Moçambique, o chefe da polícia afirmou que o mesmo "está sendo desestruturado com a colaboração de alguns países da Comunidade para o Desenvolvimnto da África Austral-SADC".

Entretanto, alguns analistas dizem que para além da resposta militar, o combate a esse grupo deve incluir também outras acções, incluindo a social.

Em meios académicos afirma-se que o surgimento de grupos atacantes no norte do país se deve, em parte, ao facto de as autoridades moçambicanas terem elevado em demasia as expectativas relativamente aos recursos naturais existentes naquela região, cuja exploração está a demorar algum tempo a começar.

Refira-se que, há cerca de uma semana, grupos armados assassinaram 10 pessoas no distrito de Palma.

No passado fim-de-semana, circularam nas redes sociais, imagens de supostos homens armados mortos algures no norte de Cabo Delgado.