Huíla vai continuar a ter falta de professores

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Moçambique: Professores exigem Sindicato

O número de professores anunciados para ingressar o sector da educação na Huíla no âmbito do concurso nacional de admissão de novos agentes está longe de suprir as necessidades.

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Falta de professores vai continuar na Huíla – 1:40

Dos sete mil professores a serem admitidos em todo o país, a Huíla deverá contar com 616, número que segundo análises locais do sector seria para a cobrir as necessidades actuais de cada um dos 14 municípios, o que está muito aquém das necessidades reais

A título de exemplo, só no município de Quilengues um dos menos populosos, são necessários mais de trezentos professores, disse o Administrador Municipal de Quilengues, Adriano Pedro.

Com mais de três milhões de habitantes, a província da Huíla conta com perto de 20 mil professores no sistema geral de ensino.

O concurso de admissão de novos agentes que tem neste momento as inscrições abertas vai ajudar a minimizar a falta de quadros, segundo a Directora do Gabinete Provincial da Educação, Paula Joaquim, que reconhece ainda assim um grande défice de professores.

“ Temos um défice ainda de mais de quatro mil professores. Precisamos que em próximos concursos públicos a vaga atribuída a província seja maior para superarmos de uma vez as dificuldades que temos em termos de professores”, disse

O Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) na Huíla aplaude o concurso de admissão de novos agentes de ensino, mas defende que é preciso melhorar os critérios de ingresso.

“ Quem é que vai se inscrever para ter direito a uma vaga no sector da educação? É aquele que tem vocação para educação ou aquele que vai a procura do seu emprego apenas para ter salário? E os responsáveis da educação não têm mecanismos de filtração para poder perceber que este tem vocação tem no seu âmago o desejo de ensinar de compenetrar-se no processo de ensino e aprendizagem ou apenas a procura de salário como se fosse um mercenário”, disse o secretário provincial do SINPROF na Huíla, João Francisco.