O governador da Huíla, Luís Nunes, anunciou que doravante não serão inauguradas novas escolas que não tenham acesso a água.
Mas o secretário provincial do SINPROF avisa que face à realidade que se vive na província tal não poderá ser aplicado.
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Desafiado pelas experiências de 2020, onde as fragilidades da maioria das escolas públicas sem água corrente vieram à tona, com a necessidade de prevenção contra a Covid-19, Luís Nunes disse que a decisão se deve “não só por conta da Covid-19 mas por ser uma obrigação de proporcionar dignidade aos actores do processo de ensino e aprendizagem”.
Esta é assim uma das metas que o Governo da Huíla se propõe a alcançar no sector da educação em 2021, com vista a dar dignidade ao processo de ensino e aprendizagem.
O Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) na Huíla, duvida no entanto das promessas do gestor principal da província no alcance deste desiderato.
O secretário provincial do Sinprof na região, João Francisco afirma que a realidade faz com que questione a capacidade de se aplicar essa pretensão.
“A probabilidade de cumprir com essas promessas é muito ínfima”, diz Francisco e na sua opinião isso só será possível “se se construir escolas apenas nas zonas onde se permita ter um sistema de água”, disse.
“Fora disto não é possível porque temos o problema dos Gambos onde há escolas que até hoje não têm água. Temos localidades onde a população precisa de água, mas o Governo nunca pôs lá um furo, então é difícil falarmos hoje numa escola com água corrente”, disse exemplificando também com a zona da Chibia que “também tem quase as mesmas condições’.
“Então acho difícil uma promessa desta vir a vingar brevemente”, disse.
Por falta de condições de acesso à água potável nas escolas os alunos do ensino primário em Angola continuam em casa sem previsão de retoma das aulas por conta da Covid-19.
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