Secretário provincial do SINPROF, garante que apesar de algumas ameaças, a adesão ronda os 60 por cento
LUBANGO —
Várias escolas do ensino geral na Huíla observam a partir desta segunda-feira uma greve por tempo indeterminado.
A greve decretada em assembleia dos professores no passado dia 20 de Abril é o resultado do incumprimento por parte do executivo de algumas exigências contidas num caderno reivindicativo.
Numa ronda por algumas escolas esta manhã, a Voz da América, constatou de um lado, crianças sem aulas e a brincar nos pátios e umas até de regresso a casa ladeadas por outro lado, de professores em greve.
Apesar da paralisação escolas há em que alguns professores leccionaram, o que dificultou determinar a percentagem de adesão à greve. Na escola do 1º ciclo 27 de Março, o coordenador sindical, Henriques Chindovi, garantiu que a adesão à greve ronda os 80 por cento.
“Provavelmente há cinco professores que estão a trabalhar, mas o restante do pessoal neste caso dos professores aderiram a greve, isto pode rondar ali nos 80 por cento”.
O secretário provincial do SINPROF, João Francisco, garante que apesar de algumas ameaças com o envolvimento da polícia pelo meio de que estão a ser alvo os professores, a adesão à greve ronda os 60 por cento e corresponde com aos objectivos do sindicato.
“Depois de tantos anos sem pautarmos por este exercício já satisfaz, pois que, se olharmos também pela pressão que os próprios trabalhadores sofreram durantes esses dias e ainda continuam a sofrer, tanto por parte do partido no poder e até hoje já envolveu-se a polícia há um carro da polícia que está a passear a rasgar os nossos panfletos, o próprio carro está lá o inspector Benedito Zeferino e o inpector Azevedo da educação a desempenhar este papel sujo, pensamos que esta adesão satisfaz, porque acredito que se não fosse a capacidade de muitos professores de interpretar os fenómenos e saber que há problemas que devem ser resolvidos com essa pressão teriam desistido.”
O líder sindical criticou o envolvimento da polícia quando esta manhã arrancou e rasgou na escola de formação de professores cartazes com os dizeres “ Estamos em greve”, um comportamento que segundo João Francisco contraria o estado de democrático que se pretende. Entretanto o governo provincial considera ilegal a greve.
Em comunicado assinado pelo chefe do executivo de João Marcelino Tchipingui, pode-se ler que a mesma decorre de uma assembleia que não teve representatividade suficiente dos professores na província” pelo que, adianta, “o governo considera ilegítima a declaração de greve por não traduzir a vontade real dos professores”.
Prossegue o governo que “ sempre esteve atento as preocupações da classe docente… e que é notório a estabilidade no pagamento dos salários em todos os sectores, incluindo o da educação fruto da materialização da orientação do executivo angolano.
SINPROF e governo manifestam entretanto, abertura para o diálogo, facto ainda não verificado desde as primeiras horas de greve.
A greve decretada em assembleia dos professores no passado dia 20 de Abril é o resultado do incumprimento por parte do executivo de algumas exigências contidas num caderno reivindicativo.
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Numa ronda por algumas escolas esta manhã, a Voz da América, constatou de um lado, crianças sem aulas e a brincar nos pátios e umas até de regresso a casa ladeadas por outro lado, de professores em greve.
Apesar da paralisação escolas há em que alguns professores leccionaram, o que dificultou determinar a percentagem de adesão à greve. Na escola do 1º ciclo 27 de Março, o coordenador sindical, Henriques Chindovi, garantiu que a adesão à greve ronda os 80 por cento.
“Provavelmente há cinco professores que estão a trabalhar, mas o restante do pessoal neste caso dos professores aderiram a greve, isto pode rondar ali nos 80 por cento”.
O secretário provincial do SINPROF, João Francisco, garante que apesar de algumas ameaças com o envolvimento da polícia pelo meio de que estão a ser alvo os professores, a adesão à greve ronda os 60 por cento e corresponde com aos objectivos do sindicato.
“Depois de tantos anos sem pautarmos por este exercício já satisfaz, pois que, se olharmos também pela pressão que os próprios trabalhadores sofreram durantes esses dias e ainda continuam a sofrer, tanto por parte do partido no poder e até hoje já envolveu-se a polícia há um carro da polícia que está a passear a rasgar os nossos panfletos, o próprio carro está lá o inspector Benedito Zeferino e o inpector Azevedo da educação a desempenhar este papel sujo, pensamos que esta adesão satisfaz, porque acredito que se não fosse a capacidade de muitos professores de interpretar os fenómenos e saber que há problemas que devem ser resolvidos com essa pressão teriam desistido.”
O líder sindical criticou o envolvimento da polícia quando esta manhã arrancou e rasgou na escola de formação de professores cartazes com os dizeres “ Estamos em greve”, um comportamento que segundo João Francisco contraria o estado de democrático que se pretende. Entretanto o governo provincial considera ilegal a greve.
Em comunicado assinado pelo chefe do executivo de João Marcelino Tchipingui, pode-se ler que a mesma decorre de uma assembleia que não teve representatividade suficiente dos professores na província” pelo que, adianta, “o governo considera ilegítima a declaração de greve por não traduzir a vontade real dos professores”.
Prossegue o governo que “ sempre esteve atento as preocupações da classe docente… e que é notório a estabilidade no pagamento dos salários em todos os sectores, incluindo o da educação fruto da materialização da orientação do executivo angolano.
SINPROF e governo manifestam entretanto, abertura para o diálogo, facto ainda não verificado desde as primeiras horas de greve.