Os partidos políticos na oposição na província angolana da Huíla estão preocupados com situações anómalas no processo de actualização do registo eleitoral oficioso.
O MPLA, por seu lado, prefere apelar à mobilização do partido com vista às eleições de 2022.
Your browser doesn’t support HTML5
O responsável da CASA-CE na Huíla diz que os fiscais indicados pela coligação para acompanhar o processo não têm tido acesso aos relatórios diários.
Apesar disso, Frederico Fonseca garante estar satisfeito com o processo em si e engajado na mobilização dos potenciais eleitores nas eleições de 2022.
“São essas pequenas lacunas que os nossos fiscais nos fazem chegar, mas penso que o processo do registo eleitoral tem corrido o seu curso e estamos satisfeitos. Estamos constantemente no campo nos municípios, nas comunas e nos mercados transmitirmos a ideia das pessoas registarem-se por ser importante", acrescenta Fonseca.
Envolvida na mobilização da população para ver concretizado o plano de alternância do poder em 2022, está igualmente a UNITA.
A lentidão do processo é para o maior partido na oposição um aspecto a melhorar, segundo o secretário provincial adjunto, Félix Kuenda.
“O registo devia se alargar mais, devia- se generalizar o registo. Há pouca publicidade devia ser um processo realizado numa normalidade porque o que nós sentimos todos os dias é que o indivíduo tem que perder um dia para fazer o registo e sabe que as pessoas têm múltiplas tarefas a desenvolver durante o dia", afirma Kuena, quem apela "às autoridades que invertam o quadro porque estamos preocupados”.
Por seu lado, o primeiro secretário do partido no poder, Nuno Mahapi, sem fazer nenhum comentário sobre o processo de actualização do registo fala em mobilização geral em 2022, que “vai requerer do MPLA na província um árduo trabalho político-partidário, por um lado, e, por outro, continuar a aprimorar as nossas organizações na sensibilização e mobilização dos nossos militantes”.
A VOA tentou sem sucesso ouvir o Gabinete Provincial dos Registos.
Com cerca de três milhões de habitantes, a Huíla, considerada segunda maior praça eleitoral do país, pode ver a sua população votante aumentar nas eleições de 2022.