As cores brancas que identificam o uniforme das crianças e professores do ensino público voltaram a fazer sentir-se de forma evidente nas ruas da cidade do Lubango e nas escolas do ensino geral na província da Huíla.
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São os sinais do regresso às aulas constatados nesta terça-feira depois de dois meses de paralisação devido à greve dos professores.
Alguns alunos ouvidos pela VOA confirmaram o regresso às aulas e a presença dos professores nas salas.
A greve não terá sido nada bom para os alunos. O processo de ensino e aprendizagem por dois meses esteve interrompido. Para os alunos, apesar dos pesares, nem tudo foi mau. Houve mais tempo para brincadeiras, mas os cadernos nunca caíram no esquecimento.
“Jogar a bola e brincar. Brinquei muito e também revisei um pouco. Brincar e também fazia um pouco de cópias e exercitar matemática”, disse um dos entrevistados.
Luísa Gaspar tem um filho no ensino público e apesar de admitir a perda dos dois meses de greve exprime satisfação pelo reinício das aulas: “Estou muito satisfeita, visto que esses dois meses prejudicaram muito os alunos e com o reinício das aulas estou muito satisfeita. O receio pelo menos de anular o ano lectivo desaparece? Sim, sim desapareceu”, conta Gaspar.
O sociólogo Mário Dias saúda o retorno às aulas e alerta para que os erros do passado não sejam repetidos na formação da criança de hoje o homem do amanhã.
“Vamos pensar no homem amanhã. Fomos crianças de ontem. A maior parte de nós estudou em cadeiras de latinhas de leite, debaixo de árvores estamos aqui, mas também já melhoramos. Vamos quebrar esse ciclo vamos dar melhor vida as nossas crianças”, concluiu.