A organização Human Rights Watch (HRW) considera grave que as autoridades moçambicanas não consigam desvendar a morte de vários personalidades do mundo da política, da Frelimo e da Renamo, bem como da sociedade civil e pede que elas actuam antes de que a situação se torne incontrolável.
A reacção surge depois do assassinato em Maputo de Jeremias Pondeca, chefe da Renamo nas negociações de paz com o Governo, e da suspensão das conversações.
Em conversa com a VOA, o director de programas e investigador da HWR Iain Levine disse que a sua organização está preocupada "com a impunidade frente a muitos casos de assassinatos de políticos e personalidades" e o facto de este último incidente poder "atrasar as negociações" de paz em curso, entretanto suspensas.
Levine questiona também o trabalho da polícia que não consegue "dar respostas nem levar as pessoas à justiça", o que para ele pode ser "por falta de meios ou capacidade", por "falta de vontade" ou "as duas coisas".
A HRW espera que as autoridades dêem respostas a estes casos que enformam uma certa impunidade.
Na conversa que publicamos a seguir, aquele investigador com muita experiência em questões africanas e que viveu em Moçambique aborda também o caso das valas comuns.
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