O director do Hospital Sanatório de Luanda nega o uso de medicamentos com prazo expirado em pacientes com tuberculose, como denunciaram pacientes naquela unidade.
Entretanto doentes e familiares acrescentam que existem médicos e enfermeiros envolvidos no esquema de comercialização de medicamentos expirados aos doentes.
Wilson Augusto Pedro, natural de Benguela que se deslocou a Luanda para receber o tratamento médico no Hospital Sanatório de Luanda, garante que abandonou o tratamento antes do tempo porque lhe foram administrados medicamentos com prazo expirado.
Em reacção, o director-geral do Hospital Sanatório de Luanda, Rodrigues Leonardo, negou os argumentos e afirmou que a instituição possui medicamentos úteis.
Ele explica que a polémica terá surgido pelo facto de uma ampola de um grama ter sido substituída por várias ampolas do mesmo tipo, mas de 100 miligramas.
“Não é possível, apenas houve uma situação e foram avisados em palestra, mas no meio de 280 pessoas uma ou duas podem não entender”, disse.
Leonardo acrescentou, no entanto, que qualquer denúncia dessa natureza deve ser encaminhada às entidades afins para devido tratamento.
“O bom é que vocês procuram a fonte para melhor explicação e o povo vai ouvir o que se passa na verdade”, acrescentou.
Com 280 pacientes o Hospital Sanatório de Luanda (HSL), está localizado no bairro Palanca, município do Kilamba Kiaxi, e desde Março de 2018 recebe obras de reabilitação e expansão, face ao avançado estado de degradação que apresenta a sua estrutura, construída há mais de 40 anos.