O Hospital Regional da Luanda Norte foi encerrado na terça-feira, 28, em protesto depois de o comandante da Polícia, António Neto Lemos, ter agredido um enfermeiro, a quem acusa de não ter salvo o filho.
O Procurador municipal diz ter tomado conhecimento do assunto, enquanto a polícia fala em diligências para esclarecer o caso.
Your browser doesn’t support HTML5
Tudo começou no domingo quando o primeiro superintendente António Neto Lemos, comandante da Polícia no município do Cuango, levou o seu filho ao Hospital Regional do Cafunfo, onde viria a falecer.
O comandante e a esposa terão, então, suspostamente, espancado os enfermeiros em serviço e detido Moisés Cef Tchikanha, que esteve envolvido no tratamento do filho.
“O filho do comandante deu entrada no hospital e não reagiu aos cuidados médicos, faleceu, então o comandante e esposa espancaram os enfermeiros e mandaram deter o colega, que estava a cuidar do filho do comandante”, denuncia o colega Abel Afonso.
Entretanto, a polícia local já reagiu, através do comandante da esquadra do Cafunfo, subinspector José José Sita.
“A detenção é apenas para esclarecer o que terá acontecido”, explicou.
O comandante afirmou também que foi por terem detido um enfermeiro que o hospital decidiu paralisar os serviços desde ontem.
“Só por termos detido o enfermeiro é que os enfermeiros decidiram fazer greve”, conclui.
Por seu lado, António Patrício Diogo Cândido, procurador-regional do Cuango, disse ter tomado conhecimento do assunto.
“Recebi um processo com indicações que diz o que terá passado no hospital com o filho do comandante. O processo está em instrução, e é o que lhe posso informar”, respondeu à VOA.
O hospital continua fechado.