Honduras suspendeu o direito à livre circulação, na sexta-feira, 1 de Dezembro, impondo recolher obrigatório do anoitecer ao amanhecer, e dando ao exército e à polícia mais poderes, depois de confusões e protestos, motivados por uma eleição contestada, terem causado pelo menos um morto.
Cinco dias depois do encerramento das urnas, nenhum claro vencedor emergiu da votação de domingo. O presidente Juan Orlando Hernández conseguiu uma pequena vantagem sobre seu adversário, mas milhares de votos contestados ainda podem mudar o resultado.
Pelo menos um manifestante morreu, mais de 20 pessoas foram feridas e mais de 100 foram presas, depois de líderes da oposição terem acusado o governo de tentar roubar a eleição, manipulando a contagem de votos.
“A suspensão de garantias constitucionais foi aprovada para que as forças armadas e a polícia nacional consigam conter esta onda de violência que atingiu o país”, disse Ebal Díaz, membro do conselho de ministros.
A preocupação internacional tem crescido em relação à crise eleitoral no pobre país da América Central, que sofre com grupos violentos de traficantes e uma das maiores taxas de homicídio no mundo.
Honduras é fonte de uma grande onda de imigrantes pobres para os Estados Unidos e localiza-se no meio de uma das maiores rotas de tráfico de cocaína do mundo.
O recolher obrigatório nacional começou nesta sexta-feira à noite e será imposto durante 10 dias, afirmou o ministro do governo Jorge Ramón Hernández, num comunicado simultaneamente transmitido por emissoras de TV e rádio.
Reuters