No dia de encerramento da cimeira Yali (Iniciativa Jovens Líderes Africanos), Michelle Obama, a primeira-dama dos Estados Unidos, apelou a homens e mulheres que não desistam da luta pela igualdade.
"Às mulheres o direito de serem tratadas como iguais e aos homens a capacidade de enfrentarem outros homens que não reconhecem esse direito", foi a principal mensagem de Michelle Obama.
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A primeira-dama americana encheu a sala de emoção e, no seguimento do discurso do presidente Obama, na abertura da cimeira, Michelle enumerou alguns dos pontos que mais a preocupam no continente africano.
Entre elogios ao Presidente, por ter tido o "bom-senso de casar com uma pessoa igual", a primeira-dama enalteceu também a coragem dos homens da sua família por lhe terem dado a oportunidade de estudar e de se formar.
O discurso foi bastante focado nas oportunidades, no apelo à mudança, no encorajamento à luta.
Fazendo várias comparações com o Estados Unidos da América, Michelle Obama lembrou que há bem pouco tempo este era um país que segregava negros e em que era legal não contratar mulheres e que ainda hoje, por exemplo, há mais mulheres no Parlamento do Ruanda do que no Congresso americano
É uma luta de todos os dias, reivindicou, acrescentando "homens, precisamos de vocês para agitar as coisas".
À semelhança do Presidente Obama, Michelle também manifestou a sua posição contra “práticas sem legitimidade em nenhuma tradição”, referindo-se à mutilação genital feminina, ao tráfico humano, ao casamento forçado de menores e à violência doméstica.
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Se as diferentes nações africanas estão preparadas para este discurso de Michelle Obama, só no terreno se poderá saber, mas a mensagem não deverá ser esquecida:
"Lutem contra as crenças de que as mulheres negras não têm valor, passem os valores certos às vossas filhas.
Não desencorajem as mulheres que são contra a mutilação genital feminina, apoiem as vossas filhas, irmãs, amigas, vizinhas a estudar.
Não tenham medo de se opor ao casamento quando ainda são menores.
E homens? Um verdadeiro homem de poder não tem medo de uma mulher poderosa, ele junta-se a ela, como fez o meu marido", afirmou Michelle Obama.
Michelle Obama falou à porta fechada com alguns jovens que trabalham na área do empoderamento das mulheres. Os detalhes da conversa não podem ser revelados, mas como contou a participante angolana Rebecca Cain, a primeira-dama queria acima de tudo conhecer a realidade de cada país.
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