O Hamas não aceitará "novas condições" de Israel numa proposta apresentada durante as conversações em Doha, com o objetivo de selar um cessar-fogo e a libertação de reféns na guerra de Gaza, disseram funcionários à AFP na sexta-feira, 16.
As "novas" condições de Israel incluem a manutenção das tropas dentro de Gaza ao longo da sua fronteira com o Egito, disse uma fonte informada, enquanto o Hamas exige "um cessar-fogo completo, uma retirada completa da Faixa, um regresso normal dos deslocados e um acordo de troca (de prisioneiros)" sem restrições.
Israel também exigiu direitos de veto sobre os prisioneiros a trocar e a possibilidade de deportar alguns prisioneiros em vez de os enviar de volta para Gaza, disse a fonte.
Por outro lado, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, falou com o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, na sexta-feira, sublinhando a importância de negociar a libertação dos reféns detidos em Gaza desde 7 de outubro.
Gallant "sublinhou que a obtenção deste acordo é simultaneamente um imperativo moral e uma prioridade estratégica e de segurança", afirmou o seu gabinete num comunicado.
Os militantes do Hamas capturaram 251 pessoas durante o ataque sem precedentes do movimento islamista palestiniano em 7 de outubro, 111 das quais ainda se encontram detidas em Gaza, incluindo 39 que os militares dizem estarem mortas.
A ofensiva militar de retaliação de Israel matou pelo menos 40 005 pessoas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do território dirigido pelo Hamas, que não fornece uma repartição das mortes entre civis e militantes.