Doentes de COVID-19 não beneficiam de tratamento, no centro internamento do Hospital Nacional Simão Mendes devido ao boicote dos técnicos de saúde, iniciado no dia 18 de Setembro.
Saibano Nhaga, do colectivo de técnicos em greve, disse à VOA que 19 doentes que se encontravam internados naquele centro foram evacuados para o Hospital da Igreja Católica, em Cumura, nos arredores de Bissau.
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Segundo Nhaga, “actualmente, o hospital de Comura está lotado. Estão a ligar para que os doentes possam ser transferidos, de novo, para Hospital Nacional Simão Mendes, mas, infelizmente, o centro encontra-se encerrado, sem doentes, nem técnicos de saúde”.
Em entrevista a Voz de América, Saibano Nhaga, do colectivo dos técnicos de saúde, afirma que, por detrás do boicote, está a suspensão, por parte do Governo, dos seus subsídios de risco, correspondentes aos meses Abril, Maio e Junho.
“Esta não é a primeira promessa que nos foi feita. Da outra vez, disseram que iam pagar no prazo de uma semana, mas não foi o caso. E agora estamos a exigir uma coisa prática [palpável], quer dizer a reposição do valor em dívida na nossa conta, isso pode valer o retorno ao serviço”, disse Nhaga.
O colectivo dos técnicos de assistência aos doentes de COVID-19 disse que, numa das recentes reuniões entre as partes, o Alto Comissariado de Luta Contra COVID teria prometido a reposição dos subsídios em causa, através da intervenção do Ministério das Finanças.
“Uma promessa que ainda não foi cumprida”, disse Nhaga.
Relativamente à paralisação das actividades do centro de tratamento de doentes com COVD, a VOA tentou sem sucesso contactar o Alto Comissariado de Luta Contra COVID-19, que numa entrevista recente remeteu o assunto ao ministério das Finanças que, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o caso.