Técnicos de saúde da região de Bafatá ameaçam paralisar os serviços, nos próximos dias, a menos que sejam devolvidos 200 mil dólares alegadamente desviados da subvenção de crianças de zero a cinco anos de idade.
“A nossa reivindicação tem a ver com o facto do dinheiro ter sido levantado sem o conhecimento das estruturas sanitárias locais”, disse Maria Arlete Cabral De Almada Pires, porta-voz do grupo reivindicativo.
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A posição dos trabalhadores surge após a detenção, na segunda-feira, 19, de três altos responsáveis do ministério da Saúde Pública, acusados de alegado desvio do referido montante.
As autoridades de saúde disseram que o montante foi levantado, a título devolutivo, para a “superação de algumas dificuldades financeiras da instituição”.
“Mediante uma declaração previamente elaborada, o Ministério da Saúde, mandou emprestar o dinheiro na sua estrutura sanitária a título devolutivo, um acto meramente administrativo e legal”, disse Silvino Brava, director-geral de Administração, antes de ser detido.
O montante em causa foi doado pela Emergência Médica Internacional (EMI).
O caso foi despoletado, na semana passada, pelo jornal digital “Capital News”. Na sequência, a Polícia Judiciária, disse à VOA uma fonte forense, concluiu que “houve muitas irregularidades” no processo.