As autoridades e especialistas guineenses lamentam que o potencial agrícola do país não esteja a ser aproveitado para aumentar a produção alimentar, o que cria carências e fragilidades estruturais.
Recentemente, as autoridades da agricultura disseram que a Guiné-Bissau tem mais de um milhão e trezentos mil hectares de terras aráveis e que apenas 30% são utilizados de forma regular.
O agrónomo Carlos Amarante diz que essa situação pode ser invertida envolvendo os agricultores na concepção e aplicação de políticas públicas do sector.
Para ele, os actuais modelos de produção “virados apenas para o mercado” podem interferir negativamente na diversificação agrícola e prejudicar o produção alimentar na Guiné-Bissau.
“Há duas culturas que se produzem em grande escala: o cajueiro e o arroz. O cajueiro dá dinheiro e o arroz nós consumimos. Mas, as outras culturas que são normalmente importantes, como o milho, não se produzem em grande quantidade, porque também há um problema de falta de mercado”, acrescenta Amarante.
E o presidente da Associação Nacional dos Agricultores, Jaime Bolis Gomes, sugere políticas de investimento estatal e privado no sector.
“É minha opinião, que (Guiné-Bissau) deveria ter um Banco Agrícola para assegurar a autossuficiência alimentar, mas também a produção comercial ou industrial”, diz Gomes.
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