O Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAICV) “exige a imediata e incondicional libertação de Armando Correia Dias, membro do Comité Central”, detido sábado, 20, pelas autoridades.
A primeira comunicação sobre a detenção do também empresário foi feita no mesmo dia pelo PAIGC, seguindo-se uma onda de contestação de partidários e defensores de direitos humanos.
Veja Também PAIGC denuncia prisão de dirigente e pergunta onde está a comunidade internacionalNum comunicado deste domingo, 21, o comité permanente do PAIGC diz que havendo quaisquer motivos para o questionamento de Armando Correia Dias devem ser tomados em conta “todos os dispositivos legais observáveis para a sua convocação”.
O politico e empresário foi detido na via pública, em Bissau, sem nenhuma ordem prévia para o efeito.
“Ele está sequestrado pelo Ministério do Interior. Não há notificação, não há mandado, nada”, disse à imprensa o seu advogado, Suleimane Cassamá, que reclamou também o facto de ter sido impedido o contato.
Degradação acentuada da liberdade política
O PAIGC escreve que as autoridades disseram que o seu membro “alegadamente estaria na posse de uma arma, com o objetivo de intimidar os deputados da nação”.
Reporta-se que no ato de detenção, os agentes terão tentado introduzir na viatura de Dias uma mala de armas, o que leva o PAIGC a pedir às forças de defesa e segurança para não interferirem no “jogo político”.
Por outro lado, o partido libertador exorta a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) e comunidade internacional “a se inteirarem da degradação acentuada das liberdades politicas da Guiné-Bissau e a tomarem medidas imediatas para se pôr cobro a essa situação, sob o risco de responsabilidade por conivência e cumplicidade”.