O Parlamento da Guiné-Bissau aprovou, nesta quarta-feira, 16, o Orçamento de Estado (OGE) para 2021, estimado em 556 milhões de dólares, mas analistas dizem que não reflecte a realidade do país.
Do total apresentado, o défice é de 42 por cento, equivalente a 234 milhões de dólares.
O mesmo OGE prevê, entre outros, a arredacação de receitas por via do imposto da democracia, taxa de contribuição audiovisual, taxa de importação sobre materiais de construção, imposto sobre telecomunicações, taxa de saneamento ou imposto profissional.
Analistas dizem que estas taxas irão piorar a vida da população.
O economista Santos Fernandes faz “uma avaliação é negativa, na medida em que é um orçamento concebido, à prior, a contar com o endividamento para fazer face ao défice”.
Para enfrentar o fardo orçamental, o Governo, liderado por Nuno Gomes Nabian, elevou o imposto profissional de 12% para 24%, o que na opinião do analista Aliu Soares Cassamá não se adequa ao momento actual:
Cassamá diz que “não é o momento ideal para o fazer, tendo em conta a actual crise sanitária que privou os agentes económicos (…) as empresas estão em dificuldades de tesouraria, que poderão as levar à insolvência. Esta medida vai afastar ainda mais o investimento da rede estrangeira para a Guiné-Bissau”.
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