A Associação Nacional de Proteção dos Trabalhadores Domésticos diz que “oito em cada dez empregadas domésticas guineenses são alvo de abuso e assédio sexual”.
De acordo com Sene Bacai Cassamá, presidente daquela organização, os maiores violadores dos direitos de empregadas domésticas na Guiné-Bissau são os responsáveis de cargos públicos:
“Num universo de 3525 casos denunciados, quase 80% foram praticados por aqueles que chamamos de decisores públicos, ou os que são considerados figuras do país”, diz Cassamá.
Cassamá lamenta a “morosidade da justiça” nos casos que a sua organização apresentou aos tribunais.
Por outro lado, Fodé Mané, jurista e antigo presidente da Rede de Organizações de Defesa dos Direitos Humanos, diz que a situação das empregadas deve-se à falta de protecção laboral.
“As empregadas domésticas ou empregados domésticos não têm contratos, não têm horários de trabalho, não têm férias e os descansos semanais dependem do empregador”, diz.
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