As missões de observação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Africana (UA) consideraram que as eleições legislativas na Guiné-Bissau decorreram de forma limpa, transparente e dentro da legalidade, apesar de pequenas situações, muitas delas ultrapassadas.
Aquelas missōes fizeram, no entanto, recomendações para melhorar o processo e apelaram ao respeito pelos resultados e pelas leis.
Jorge Carlos Fonseca, chefe da missão da CEDEAO, recomendou às instituições guineenses que melhorem o quadro legal do país e exortou as partes envolvidas no processo eleitoral a respeitar os canais regulamentares de publicação dos resultados, os acordos assinados e a “absterem-se de qualquer proclamação de resultados fora dos canais oficiais”.
O antigo Presidente de Cabo Verde, depois de um longo enquadramento da origem da crise política que levou à dissolução da Parlamento, e das eleições, também recomendou a criação de condições para uma maior participação das mulheres nas listas e nas eleições.
A CEDEAO destacou o “sentido de civismo mostrado pelos guineenses, a sua disciplina e a notável participação” no “desenrolar pacífico e sereno do escrutínio eleitoral”.
Por seu lado, a missão de observação eleitoral da UA também enfatizou “a maturidade política e democrática do povo guineense e a forma pacífica como decorreu o escrutínio".
Veja Também Guiné-Bissau: Sociedade civil conclui que eleições decorreram de forma positiva mas pede reformasNa apresentação dos relatórios de todas as missões de observação presentes, o chefe da equipa da UA, Joaquim Chissano, exortou o
Governo a continuar os esforços de diálogo e de reformas eleitorais para melhor "preservar a segurança, estabilidade e unidade nacional", condição necessária a "qualquer desenvolvimento sustentável inclusivo".
Também pediu aos partidos políticos e coligações para respeitarem os resultados eleitorais e recorrer às vias legais em caso de litígio e "assegurar a preservação do diálogo".
Posição semelhante tiveram as missões da CPLP, da Francofonia e do G7, de Timor Leste.
A CNE deve anunciar os resultados provisórios nesta quarta-feira, 7.
Em Bissau, há uma calma tensa e nota-se uma maior presença de elementos da segurança.