Guiné-Bissau: Greves multiplicam-se com sindicatos e Governo a acusarem-se mutuamente

Cidade de Bissau, capital da Guiné-Bissau

Sector dos transportes voltou a parar durante algumas horas

Os sectores dos transportes públicos, saúde, educação e administração pública da Guiné-Bissau têm conhecido, nos últimos anos, situações de constantes paralisações.

O desentendimento sobre vários acordos assinados entre o Governo e os sindicatos, incluindo com a maior Central Sindical guineense, a UNTG, constam como causas das sucessivas greves.

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Guiné-Bissau: Greves multiplicam-se com sindicatos e Governo a acusarem-se mutuamente - 2:45

A mais recente greve afectou, sobretudo, na semana passada o sector dos transportes públicos.

O desacordo envolveu a Federação das Associações dos Motoristas e Transportadores e o Governo e como consequência Bissau parou por algumas horas.

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Segundo os motoristas, os motivos das greves no sector dos transportes tem a ver com "incumprimentos de um Memorando de Entendimento" assinado com o Governo m 2021, ao abrigo do qual o Executivo se comprometeu a acabar com as cobranças do Fundo Rodoviário (imposto de circulação) até que as estradas sejam reparadas, que a Polícia de Trânsito suspenda a cobrança de coimas na via pública, que os pagamentos sejam feitos num guichet e ainda que sejam reduzidas as operações stop.

Mas, o Governo tem outra leitura.

Luís Filipe, presidente da Comissão Técnica de Automobilismo, da Direcção-Geral de Viação e Transportes Terrestres, afirma que tudo o que o Governo term feito visa pura e simplesmente cumprir com as normas estabelecidas sobre a circulação na via pública.

E para evitar as constantes paralisações no sector de transportes púbicos, Luís Filipe enumerou os pontos que devem ser observados por parte da Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres.

Se todas as greves têm as suas consequências, a do sector dos transportes fica no topo da lista.

A propósito, o economista Serifo Só diz haver variáveis que descrevem as consequências dessas greves, que têm afectado também nos diversos sectores da vida nacional, com particular destaque para saúde e educação.