Menos de 24 horas depois de ter iniciado uma paralisação prevista para durar até sexta-feira, 26, a Federação Nacional das Associações de Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau suspendeu a greve depois de ter recebido garantias do Governo do fim da “operação stop” por um período de 60 dias, uma das exigências do sindicato.
O vice-presidente da Federação alertou, no entanto, que se dentro de três dias essas garantias não forem cumpridas, “reactivaremos a greve”.
Manuel Fernandes da Silva informou ter recebido garantias do ministro dos Transportes que vai suspender todos os serviços de “operação stop” por um período de 60 dias, “o que vai permitir que a Comissão trabalhe nas propostas e contrapropostas apresentadas pelas partes”.
No entanto, Silva reiterou que “continuamos a exigir a demissão do director-geral de viação que não tem capacidade de dirigir a instituição”.
A Federação e o Governo assinaram um memorandum no ano passado no qual o Executivo comprometeu-se a pôr fim às cobranças do Fundo Rodoviário até que as estradas sejam reparadas, à suspensão de coimas na via pública, com os pagamentos a serem feitos num guichet e redução das “operações stop”.
A paralisação de ontem não teve muita adesão em Bissau, o que, segundo o presidente da Federação deveu-se em parte ao facto de alguns condutores terem sido forçados a trabalhar pelos proprietários das viaturas.
Guiné-Bissau: Federação de Motoristas e Transportadores suspende greve depois de promessas do Governo
Bissau —