Guiné-Bissau: Comissão Eleitoral Nacional diz faltar 30 por cento do financiamento das eleições

Um agente da polícia descarrega o voto antecipado numa urna na sede da Comissão Nacional Eleitoral em Bissau. Eleições Presidencias da Guiné-Bissau. 21 de Novembro 2019

Ministro da Administração Territorial e Poder Local, Fernando Gomes, reconhece que a Guiné-Bissau não consegue realizar eleições sem o apoio de parceiros internacionais

O secretário executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que interinamente preside o órgão, disse, na terça-feira, 4, na abertura da primeira reunião do Comité de Pilotagem para as eleições legislativas que o “Governo conseguiu financiar quase 70% do orçamento para as eleições, faltando 30%”.

M´pabi Cabi apelou, por isso, ao apoio da comunidade internacional.

“Esta reunião entre o Governo, a CNE e o PNUD, testemunhada pelas organizações da sociedade civil, é mais uma prova inequívoca da vontade e firme determinação das entidades supracitadas, em tudo fazer, num ambiente de conjunções de sinergias e capacidades, para permitir que haja condições técnicas, logísticas e financeiras para que o pleito eleitoral, que se avizinha, tenha lugar sem sobressaltos e constrangimentos”, referiu Cabi.

No encontro, o ministro da Administração Territorial e Poder Local afirmou que "sem o apoio dos parceiros internacionais será quase impossível o país realizar, por si só, as eleições democráticas”.

Fernando Gomes lembrou, aliás, que várias eleições já foram organizadas na Guiné-Bissau, desde 1994, e "o grosso número de todo o financiamento sempre foi conseguido através dos seus parceiros internacionais”.

As eleições legislativas antecipadas estão marcadas para 4 de Junho de 2023.