Os brigadistas contratados pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) da Guiné-Bissau, para realizar o recenseamento eleitoral que decorreu de 10 de Dezembro a 25 de Fevereiro, alertam que o processo de reclamação pode ficar comprometido se o Governo não pagar os 15 dias suplementares de trabalho em virtude do prolongamento do período do recenseamento eleitoral.
O alerta foi feito pelo porta-voz dos brigadistas, Abduramane Bari, nesta sexta-feira, 7, em Bissau à porta do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).
Ele pediu ao director-geral do GTAPE, Gabriel Gibril Baldé, que pressione o Governo a fazer o pagamento e lembrou que aquele responsável havia assumido, numa festa com os brigadistas, que os 15 dias seriam pagos.
“Achamos que não há vontade dos superiores hierárquicos de pagar as dívidas porque é um hábito na Guiné-Bissau, mas vamos continuar a reivindicar até que a situação seja resolvida”, advertiu, Bari, quem revelou ter avisado o GTAPE que, se não forem regularizadas estas dívidas o processo de reclamação pode ficar comprometido.
Aquele porta-voz acrescentou ser lamentável assistir-se à violação dos direitos em todos os processos eleitorais, situação que tinha acontecido noutros períodos.
Por seu lado, Gabriel Gibril Baldé reconheceu que “houve atraso no pagamento da dívida, mas disse que as diligências estão a ser tomadas pelo Ministério das Finanças”, e apelou ao Governo a agilizar o esforço para pagar todas as dívidas.
Ainda segundo o responsável do GTAPE o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assumiu pagar todos os atrasados referentes ás eleições de de 2018 e 2019.